segunda-feira, 27 de junho de 2011

Construtivismo Russo



O Construtivismo é o movimento das artes plásticas, do cinema e do teatro que ocorre basicamente na Rússia, com importante papel no apoio à Revolução Russa de 1917 e teve como alguns artistas: Ilya Chashnik, Alexandra Exter, Naum Gabo, El Lissitzky, Antoine Pevsner, Lyubov Popova, Aleksandr Rodchenko, Olga Rozanova, Varvara Stepanova, Vladimir Tatlin, Aleksandr Vesnin.
Desde 1913, o Construtivismo insere-se no grupo das artes de vanguarda e revolucionárias lideradas pelo teórico russo e poeta futurista Vladimir Maiakóvski (1893-1930).
Depois da Revolução Bolchevique de 1917, os artistas construtivistas ganharam poder político e são oficialmente sustentadas pelo governo de Lênin. Essa posição causou um desacordo entre aqueles interessados numa arte pessoal e aqueles ocupados em fazer um design utilitário para as massas.

 Características


HERMANO OPERÁRIO, PROTEGE TUA IRMÃ DA PROSTITUIÇÃO, 1923.


Em torno de 1914, TATLIN, inaugurou a arte geométrica russa:

CONSTRUTIVISMO porque sua característica principal era a “construção” da arte e não a sua “criação”.

Assim, a proposta primordial do Construtivismo refletia as alterações provocadas pela revolução industrial na vida cotidiana e artística e a defesa da arte funcional, que deve atender às necessidades do povo.
O movimento artístico adquire características próprias perseguindo o ideal de abstração, pois, despoja-se de qualquer alusão à natureza. Trata-se de uma arte anti naturalista e gera formas segundo uma ordem matemática, propondo uma arte abstrata, geométrica e autônoma.
Dessa forma, corresponde a uma ruptura total com a tradição da mímese ou da representação da realidade visível.


O grupo surge como uma decorrência do Futurismo italiano e suas imagens múltiplas sobrepostas para expressar a agitação da vida moderna e, do Cubismo francês, as formas quebradas. Rompe radicalmente com a arte do passado (da representação do real) e propõe uma nova linguagem plástico-pictórica: "O mundo da não-representação" (Malevitch).
Esses artistas levaram a arte a evoluir do representativo para o abstrato, acreditavam que poderiam construir uma utopia tecnológica por meio de seus projetos e defendiam que a arte precisa dar a ideia de revolução em andamento. Para tanto, ela deve fabricar objetos para o povo, e não apenas luxo para os ricos.
A pintura e a escultura precisam ser funcionais, por isso aparecem muito ligadas à arquitetura.
O Construtivismo apresenta a ideia de "construir" usando materiais naturais e sintéticos oferecidos pela industrialização. As obras se apresentam como objetos compostos de elementos geométricos em materiais diversos como metal, vidro, papelão, madeira, acrílico, plástico, dentre outros em obras tridimensionais.

Marca o início da preocupação da arte em criar objetos numa nova direção: a virtual, no sentido que a ênfase está mais no espaço vazio que na massa, na ausência que na presença. O objeto artístico se liberta de sua base, do pedestal, do paralelismo à parede e trabalha mais com o espaço como elemento da linguagem plástica.
Na pintura chega ao branco sobre o branco, ressaltando o objeto "tela" como elemento mais importante que representações feitas sobre sua superfície. Nesta acepção está denotada a valorização do objeto industrial frente ao artesanal e a consequente dessacralização do objeto artístico.
Os cubistas George Braque e Pablo Picasso foram os primeiros a optarem pela revelação da verdadeira tridimensionalidade em detrimento da sua representação. A primeira obra dentro destes parâmetros foi à construção cooperativa dos dois artistas intitulada "Guitarra" (1912), feita de folhas de metal e arame. Preferiram agregar ao plano da tela elementos reais do que continuar "imitando" a realidade, representando-os através da pintura, o que passou a ser considerado sem sentido uma vez que a tecnologia tinha inventado e aprimorado métodos de reprodução mais fiéis como a fotografia.


A tecnologia liberta a arte de seu compromisso social de representar.
Modifica-se totalmente o processo de criação. As obras de arte tornam-se verdadeiras homenagens à racionalidade científica da época e evidenciam a mais direta representação do impulso modernista no sentido de se adaptar à tecnologia da "era da máquina", por intermédio das facilidades advindas pelo avanço técnico e tecnológico.

Cinema

No cinema, os temas resumem-se às etapas da Revolução Russa e a seus ideais. O teórico e cineasta Serguei Eisenstein (1898-1948), diretor de "A Greve" (1924) e "Outubro" (1927), é o principal representante.



Seus filmes pretendem induzir ao debate de ideias, e a montagem das cenas explora o contraste das imagens. Sua obra-prima, “O Encouraçado Potemkin" (1925), é uma homenagem aos 20 anos do levante popular russo de 1905, precursor da revolução.


Em 1921, o cineasta Dziga Vertov (1895-1954) funda o grupo Kinoglaz (cinema-olho), que produz documentários sobre o cotidiano com filmagens ao ar livre e cuidadosa montagem.


Entre suas principais obras estão "A Sexta Parte do Mundo" (1926) e "Um Homem com a Câmera" (1929).
Fonte: http://valiteratura.blogspot.com/2010/11/construtivismo-russo.html

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