Denomina-se assim todo o cinema oriundo da concepção de montagem criada por Griffith, que trazia o espectador para o centro da intriga. Embora seja anterior, cronologicamente, ao cinema moderno,
Para denominar e analisar o contexto nascente do cinema Moderno, é preciso começar pelo Clássico, pois é a partir deste que se pode explicar melhor as duas vertentes. O cinema Clássico é oriundo dos Estados Unidos, isso devido as pré-condições oferecidas para o melhor desenvolvimento da sétima arte. A princípio a explicação está na Primeira Guerra Mundial, onde a Europa se via enclausurada, todas as suas forças se voltaram á batalha, a realidade européia não dava condições para o desenvolver do cinema. Já os estadunidenses, pouco envolvidos na Grande Guerra, puderam se “aproveitar” do momento, a assim investir no mundo dos filmes.
Logo de início, a concentração filmográfica estava em Nova York, porém, devido a algumas dificuldades, dentre elas o clima rigoroso, houve a necessidade de procurar um novo lugar para a construção de estúdios, surgi então Hollywood, o símbolo do cinema. O principal fator que faz do cinema Clássico uma patente norte americana está, exatamente, na “constituição da maioria dos elementos da linguagem cinematográfica”, por David Wark Griffith, um americano comprometido com um modelo narrativo que entretesse. A função de entreter estava diretamente ligada a uma fuga da realidade, pois o povo americano deveria encontrar no cinema um modelo fantasioso e perfeito de vida. Esquecer o real era uma forma de deixar os problemas civis de lado, a realidade não era tão atrativa quanto as histórias dos filmes.
Os roteiristas se baseavam nos romances do século XIX, dessa forma as estórias eram sempre mágicas, e com finais felizes. Essa linearidade acabou por virar tradição, sempre havia um herói, com valores acima dos cidadãos. As gravações se restringiam somente ao estúdio, os movimentos de câmeras eram especificamente em cima de tripés, a montagem (ediçao) dos filmes buscava uma linguagem fácil, com cortes brandos para que o espectador não perceba quebras de cenas. O som era gravado também em estúdios, e sincronizado com as imagens, enfim buscava-se um ilusionismo que se comprometesse com a naturalidade de um cotidiano, mesmo que seja distante. Além disso, havia a característica de filmes feitos para atrizes e atores específicos, as estrelas do público, essa estrutura denominava-se star system. Assim como o studio system, uma lógica de “subordinação de todos os profissionais e artistas ao produtor”.
Esse foi o cinema clássico e suas características, um filme que ilustra essa época é “O Cantor de Jazz” (Jazz Singer) do ano de 1927, com direção de Alan Crosland, um drama musical norte americano.
Steven Spielberg
Até hoje encontram-se com freqüência filmes realizados dentro do espírito clássico (como os de Steven Spielberg).
Fonte: http://analiseecritica.wordpress.com/2010/10/24/cinema-classico-x-cinema-moderno/
Fonte: http://analiseecritica.wordpress.com/2010/10/24/cinema-classico-x-cinema-moderno/