A década de 2000 contrariou as previsões mais pessimistas, que afirmavam que o cinema perderia sua força com as facilidades tecnológicas. Os musicais retornaram triunfantes, os heróis dos quadrinhos encontraram um porto seguro e o cinema brasileiro se impôs perante o mundo.
Moulin Rouge – Amor em Vermelho (Moulin Rouge – 2001)
Utilizando compositores contemporâneos e canções populares para emoldurar o caso de amor entre uma cortesã (Nicole Kidman) e um poeta (Ewan McGregor), o diretor conseguiu atrair o público adolescente e cativar os que já sentiam falta da magia dos grandes musicais.
O Senhor dos Anéis – Trilogia (The Lord of the Rings – 2001/2002/2003)
Peter Jackson assumiu enorme responsabilidade ao capitanear a transposição dos livros de J.R.R. Tolkien. O estúdio acreditou em sua capacidade e investiu uma verba altíssima em um projeto de larga escala. Três épicos seriam gravados ao mesmo tempo na Nova Zelândia e o resultado foi uma aclamação unânime de público e crítica no mundo todo! O terceiro capítulo acabou vencendo o prêmio máximo no Oscar, quebrando um mito de que o cinema fantástico nunca iria vencer nesta premiação.
Cidade de Deus (2002)
Fernando Meirelles conseguiu seu passaporte para Hollywood com este épico urbano sensacional! Ao invés de copiar elementos do cinema estrangeiro, o diretor ousou criar algo completamente original. A realidade é que os estrangeiros estão copiando agora a estética do nosso cinema, como foi o caso de “Quem quer ser um Milionário?” do inglês Danny Boyle.
Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças
(Eternal Sunshine of the Spotless Mind – 2004)
O roteiro brilhante de Charlie Kaufman versa sobre as conseqüências do esquecimento intencional de um amor. Com incrível originalidade e atuações esmeradas de Jim Carrey e Kate Winslett, considero este o romance da década.
A Vida dos Outros (Das Leben der Anderen – 2006)
Na Alemanha nazista, Ulrich Mühe vive um agente que, de tanto acompanhar tudo o que se passa com o casal que está espionando, desenvolve afeição por eles. Um retrato pungente de como um regime cruel interferiu negativamente na vida de pessoas comuns.
Simplesmente o melhor filme de terror da década! O ótimo diretor Frank Darabont pega a história de Stephen King e cria um suspense alicerçado na disputa cênica entre os atores, presos em um mercado após um misterioso nevoeiro tomar conta da cidade. A personagem de Marcia Gay Harden não veio de outro mundo, mas consegue incutir intenso pavor! Seu fanatismo religioso está presente no mundo real e dá muito mais medo que vampiros ou monstros espaciais.
Ratatouille (2007)
Em plena França, na cozinha de um conceituado restaurante, vive um ratinho chamado Remy. Ele tem um gosto diferente dos demais, adora cozinhar e acredita que um dia poderá ser chef. Com este ponto de partida original, os estúdios Pixar entregaram mais uma obra prima!
Batman – O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight – 2008)
Na década onde os heróis de quadrinhos invadiram a Sétima Arte, este projeto de Christopher Nolan ousou ir além da simples adaptação. Com o apoio de uma atuação irrepreensível do saudoso Heath Ledger, vivendo o irascível Coringa e um roteiro inteligente do próprio diretor e de seu irmão Jonathan Nolan, o filme foi um enorme sucesso de crítica e público. Um divisor de águas para o gênero tão importante quanto “Superman – O Filme” o foi na década de 70.
Bastardos Inglórios (Inglourious Basterds – 2009)
Quentin Tarantino reescreve a Segunda Guerra Mundial e simbolicamente transforma uma sala de cinema no palco da batalha final. Um testamento da maturidade de um diretor que fez seu nome com muita coragem, “arrombando” as portas dos estúdios com sua criatividade aparentemente inesgotável!
Avatar (2009)
James Cameron apresenta ao público um possível futuro a ser galgado pela Sétima Arte. Seu trunfo não se encontra no roteiro ou nas atuações, mas sim na ousadia de se criar um mundo de possibilidades a serem trabalhadas pelos cineastas que virão. Uma garantia de que o cinema existirá enquanto houver mentes criativas e dispostas a oferecer ao mundo mais do que apenas imagens em movimento. O futuro está em boas mãos!
Fonte: http://www.cinema.com.br/
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